Após ficar mais de um ano fechado para reforma, o Palácio no Planalto abriu nesta terça-feira as portas para a imprensa. Entre as novidades das obras, que custaram de R$ 111 milhões, está a blindagem dos vidros da salas do andar do gabinete presidencial, onde são recebidas autoridades estrangeiras, e da sala de reunião. As obras começaram em março de 2009 e foi a primeira reforma completa do edifício desenhado por Oscar Niemeyer. As obras modernizaram instalações elétricas, hidráulicas e o sistema de ar condicionado, além de restaurar e substituir móveis.
"Todo o mobiliário é brasileiro. Isso a gente não negocia", disse Cláudio Soares, diretor de documentação histórica da Presidência e curador da reforma, em referência à sugestão do escritório de Niemeyer de colocar móveis de designers estrangeiros.
Conforme o curador, Lula preferiu não fazer grandes mudanças em seu gabinete. O espaço foi ampliado e manteve o mobiliário da época de Getúlio Vargas. A primeira-dama, Marisa Letícia, não permitiu que fossem feitas imagens do seu gabinete.
Outras mudanças - A sala de reuniões ministerial foi totalmente modificada, com uma nova mesa desenhada por Niemeyer e cadeiras de Sérgio Rodrigues, para todos os ministros e o presidente. O gabinete dos ministros que despacham no prédio agora segue um padrão único.
Cortinas especiais, que permitem a entrada de luz, mas não de calor, foram colocadas nos paineis de vidros blindados. Parte dos carpetes foi retirada. Nas salas, foi colocado piso de madeira e nos corredores, de mármore. Uma espécie de anexo foi construído atrás do prédio, destinado a abrigar escadas de emergência, mas onde funcionam também as copas dos andares.
Com informações da Agência Brasil.