Foi-se o tempo em que morar em condomínio era garantia de sossego. Embora as estatísticas da Secretaria da Segurança Pública não façam distinção entre os ataques a casas e a prédios residenciais, autoridades afirmam que as investidas contra apartamentos são cada vez mais comuns no Vale do Itajaí e no Litoral Norte de Santa Catarina.
Segundo investigação, a quadrilha presa em Itajaí no dia 19 de junho invadia os apartamentos após passar tranquilamente pela portaria e subindo pelo elevador. Percebe-se que ações criminosas que eram direcionadas a bancos têm sido direcionadas a apartamentos e lojas. Com os suspeitos presos foram encontradas também parte de um lote de R$ 300 mil roubados de uma rede de lojas em Balneário Camboriú-SC.
Para o Sr. Sergio, Gerente Arquitetônico do Grupo EMTEC, o alvo dos criminosos chegou às moradias e os clientes exigem novas ações de segurança que vão além de câmeras e alarmes, aumentando a necessidade da utilização de portas blindadas nos apartamentos e portarias.
A produção é exclusiva e sob encomenda, os clientes chegam por indicação, muitas vezes após sofrerem na mão dos criminosos. A procura por blindagens aumentou nos últimos anos e o preço caiu. Uma porta blindada que custava R$ 10 mil em 2003 hoje é vendida por R$ 2,8 mil. Os investimentos em maquinários reduziram os custos e aumentaram a escala de proteções para portas e guaritas de segurança são as mais procuradas.
No começo do ano, um dos condomínios atendidos pelo Grupo EMTEC blindou a guarita. Agora o segurança observa tudo através do vidro à prova de balas. “A gente trabalha com segurança. Não tem mais medo e demonstra firmeza para os moradores também”, explica o porteiro. A blindagem da guarita custou R$ 12 mil e foi dividido pelos 40 apartamentos. “O que nós investimos foi muito pouco em relação ao ganho em segurança para o condomínio”, avalia o síndico do prédio.
Hoje, quando se fala em segurança, tem que se trabalhar com blindagem para evitar qualquer ação marginal possível.
